Curso: O que é fascismo? E há um novo fascismo hoje?

Nenhuma ideologia mexe com as emoções como o fascismo. Mas o que é fascismo? Há duas formas de definir. Uma é histórica — a maneira de pensar o Estado inventada por Benito Mussolini nos anos 1920 e desenvolvida, na Europa, ao longo das décadas seguintes. Historicamente, provocou a Segunda Guerra Mundial e é responsável pela morte de 85 milhões de pessoas. Outra forma é pelo espírito do fascismo — um sistema de extrema-direita, com horror a diferenças e movido pela pulsão de morte. Este curso em quatro aulas entrará em detalhes a respeito das duas definições, contará como nasceu o fascismo, assim como ele se mostrou no Brasil. O responsável pelo curso, o jornalista Pedro Doria, é autor do recém-lançado Fascismo à Brasileira, da editora Planeta.

O que houve? Como viemos parar aqui?

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Há algo que faz do fascismo único dentre todos os movimentos políticos. Ele é tanto reacionário quanto é revolucionário. É reacionário porque se abraça a um passado idealizado ao qual deseja retornar com todas as forças. É também revolucionário por desejar implementar um sistema radicalmente distinto de tudo o que há. As palavras deveriam ser uma o contrário da outra. E, no entanto, o fascismo as abraça ambas.

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Datas e dinâmica

As aulas ocorrerão através da plataforma Zoom, sempre às terças-feiras, às 19h, a partir de 8 de setembro.

Os vídeos estarão à disposição dos alunos, logo depois — se você perdeu uma aula, não há problema. Dá para recuperar.

Cada aula terá uma hora, sendo que a parte final é dedicada às perguntas com os alunos.

Como aluno, ligar sua câmera ou não é uma escolha.

Após a matrícula, você receberá por email o endereço do curso e a senha para entrar. Inscreva-se.

São R$260 e você pode dividir em até 3 vezes.

Como aluno você terá sempre acesso aos vídeos das aulas passadas para podê-los consultar à vontade, sempre que considerar necessário.

Ainda há vagas. Matricule-se.

 

1ª Aula: Mussolini e o início do fascismo

Até antes da I Guerra, Benito Mussolini pertencia ao alto-comando do comunismo italiano. Carismático, havia se formado entre o nacionalismo garibaldino do pai e a proximidade com anarquistas. Mas a Guerra o levou a uma guinada após proximidade com a extrema-direita reacionária francesa. A partir deste movimento, criou ao longo da década de 20 uma maneira única de governar. Uma maneira que se mostraria rapidamente antidemocrática e assassina.

2ª Aula: Hitler e o nazismo

Boa parte da Europa se tornou fascista nos anos 1930. Mas nenhum país foi como a Alemanha — o nazismo, o fascismo na versão de Adolf Hitler, é único na rapidez com que tomou conta do Estado e na sua capacidade de violência, tendência ao genocídio. No pico xenófobo, foi responsável pelo Holocausto. Mas como funcionava o Estado fascista dos alemães? E por que se mostrou tão sedutor a ponto de se instaurar por tantos anos no governo?

3ª Aula: Plínio Salgado e o fascismo brasileiro

O maior movimento fascista fora da Europa se deu no Brasil — é o Integralismo. Foi grande, assim como representou a maior ameaça a Getúlio Vargas em seu movjmento de ascenção. Quem foram Plínio Salgado, Gustavo Barroso e Miguel Reale — seus principais líderes e pensadores? Como seria o Brasil fascista que eles imaginaram? E quais destas ideias ficaram no Brasil de Getúlio — assim como reaparecem vez por outra?

4ª Aula: O fascismo hoje

Conhecendo o passado do que foi o fascismo, podemos olhar para hoje. Qual a diferença entre o fascismo histórico e o espírito do fascismo — e por que ele está de volta? O que há de semelhante entre os tempos que vivemos e aquele passado para assistir a seu retorno? E quais são as razões que nos permitem perceber traços fascistas em governantes como Donald Trump, Viktor Orbán e, claro, Jair Bolsonaro?